Havia guardado o teatro na gaveta; inclusive o prazer da entrega, da catarse iminente, da percepção da minha arte e da minha voz.
Havia enfeitado o conceito da dramaticidade artística, travestindo estilos literários confusos, Era uma falsa alteridade.
Eu me lembro de ter dito uma vez sobre a minha paixão pelo teatro:
– “O palco é necessário para mim tal qual beber água”.
Eu havia esquecido.
Há dois dias resolvi junto com meus alunos remontar o clássico “Os três porquinhos”, obviamente escolhido democraticamente com 19 votos, seguido da Chapeuzinho Vermelho.
Escolhida pela personagem do Lobo, me entreguei profundamente, vestindo a pele, a motivação e a trajetória deste arquétipo tão latente em todos nós.
Assim, viajei por múltiplas dimensões e universos emocionais. Da raiva, à gargalhada profunda, como há tempos não vivia.
A arte cura.
Texto: Yve Oliveira
Muito bom!
CurtirCurtir
Gratidão!! 😘😘
CurtirCurtir